Agendamento para vacina da febre amarela tem falhas no primeiro dia

Agendamento para vacina da febre amarela tem falhas no primeiro dia

O primeiro dia de agendamento da vacina contra a febre amarela por telefone foi de falhas e exigiu paciência dos moradores de Campinas (SP) que procuraram pela imunização nesta segunda-feira (13).

“Eu e minha mãe tentamos tomar a vacina há alguns dias. Hoje (13) tentei o agendamento por telefone, liguei umas dez vezes, mas só deu ocupado”, reclamou a advogada Fernanda Patrícia Ramos de Mello, de 35 anos. Ela e a mãe Ideralda Ramos, de 74 anos, têm parentes em Goiânia (GO) e precisam da imunização.

O G1 testou sem sucesso o atendimento do Disque-Saúde, pelo 160. Entre 10h e 11h30, foram 35 ligações ao telefone 160, que sempre esteve ocupado.

A Secretaria de Saúde informou que avalia possíveis ajustes para atender a demanda da população. Um balanço parcial da pasta indica que 450 agendamentos foram realizados até às 11h desta segunda.

Diretora de saúde, Mônica Nunes amenizou o problema. “É o primeiro dia e estamos fazendo adequações. Por mais que tenhamos estimado um volume de procura, houve um acúmulo de ligações pela manhã. É preciso destacar que ainda há tempo para ligar. O Disque-Saúde funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h.”

Reforço

O serviço do Disque-Saúde conta com 28 atendentes, em dois turnos, e a pasta estuda a contratação de mais funcionários. “Teremos pelo menos mais quatro atendentes, entre hoje (13) e amanhã (14), comentou Mônica, que espera que a situação normalize com o decorrer dos dias.

A população vai se conscientizar de que pode ligar durante todo o dia, não apenas no período da manhã. Além disso, é preciso reforçar que a vacina tem algumas indicações, não é para todos”, explicou a diretora.

Ao ligar para o 160 para realizar o agendamento da vacina da febre amarela, o morador de Campinas deve fornecer os dados do RG e do cartão SUS (que pode ser feito nos centros de saúde).

Durante o anúncio do serviço, na sexta-feira (10), o secretário de saúde, Cármino de Souza, disse acreditar que a demanda seria absorvida pelo serviço Disque-Saúde, que já funcionava para o agendamento de consultas e procedimentos.

“Esperamos que isso funcione, que dê conta. O atendimento é rápido e o agendamento dura um minuto e meio. Se tiver problema, podemos ampliar o número de funcionários e horário”, disse Cármino, na sexta.

Alta procura

Um balanço da Secretaria de Saúde indica que foram aplicadas 6 mil doses da vacina durante 2016 em Campinas. Segundo a pasta, entre janeiro e a primeira semana de fevereiro deste ano foram aplicadas 10,5 mil no município.

Os centros de saúde e os horários de atendimento não foram alterados, mas os moradores só serão imunizados nesses locais após o agendamento. A medida, reforça a administração, foi tomada para organizar o atendimento, uma vez que não há campanha de vacinação contra a febre amarela e os postos e centros de saúde continuam como suas demandas diárias.

“Gostaria muito que só tomasse a vacina quem precisa, estamos fora da área de risco e não há razão para pânico. As pessoas não precisam mentir que vão viajar para obter a vacina, não vamos confrontar informações, teremos boa-fé, mas não é preciso pânico”, afirmou Cármino de Souza.

Risco zero

Coordenadora do Programa de Arbovirose de Campinas, Andrea Von Zuben destaca que não há circulação do vírus da febre amarela na cidade e, por isso, o risco atual é zero.

“Não há o vírus nem o vetor. Nós fazemos a vigilância há muito tempo, acompanhando os macacos na região, e nunca tivemos um registro positivo. Outro detalhe, os vetores que podem picar o macaco contaminado e transmistí-lo para os humanos são o haemagogus e sabethes, e eles não são encontrados na cidade”, explica Andrea.

Fonte:G1

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