O que é Extracorporeal Shock Wave Lithotripsy (ESWL)

Extracorporeal Shock Wave Lithotripsy (ESWL) é um procedimento não invasivo utilizado para tratar cálculos renais, também conhecidos como pedras nos rins. Essa técnica utiliza ondas de choque de alta energia para quebrar os cálculos em pedaços menores, facilitando sua passagem pelo trato urinário e eliminando a necessidade de cirurgia.

Como funciona o ESWL

O ESWL é realizado em um ambiente hospitalar ou ambulatorial, com o paciente deitado em uma mesa especial. Um equipamento emite ondas de choque de alta energia que são direcionadas para o cálculo renal, localizado com a ajuda de imagens de ultrassom ou raio-x. Essas ondas de choque quebram o cálculo em pedaços menores, que podem ser eliminados naturalmente pelo paciente.

Indicações para o ESWL

O ESWL é indicado para pacientes que apresentam cálculos renais de até 2 centímetros de diâmetro, localizados em regiões acessíveis às ondas de choque. Essa técnica é mais eficaz em cálculos de oxalato de cálcio, o tipo mais comum de cálculo renal. Pacientes com obstrução do trato urinário ou infecções urinárias graves podem não ser candidatos ideais para o ESWL.

Preparação para o procedimento

Antes de realizar o ESWL, o paciente deve passar por uma avaliação médica completa para determinar a viabilidade do procedimento. Exames de imagem, como ultrassom ou tomografia computadorizada, podem ser solicitados para localizar e medir o tamanho do cálculo renal. O paciente também deve informar ao médico sobre eventuais alergias, problemas de coagulação sanguínea ou gravidez.

Procedimento do ESWL

No dia do procedimento, o paciente é orientado a não comer nem beber nada nas horas que antecedem a ESWL. Durante o procedimento, o paciente recebe anestesia local ou geral, dependendo da preferência do médico e do paciente. O equipamento emite as ondas de choque de alta energia, que são direcionadas para o cálculo renal sob controle de imagens de ultrassom ou raio-x.

Pós-operatório e recuperação

Após o procedimento de ESWL, o paciente pode apresentar dor lombar ou abdominal, sangue na urina e cólicas renais. Esses sintomas são comuns e geralmente desaparecem em poucos dias. O médico pode prescrever analgésicos e recomendar repouso e hidratação adequada para facilitar a eliminação dos fragmentos do cálculo renal.

Complicações e riscos do ESWL

Embora o ESWL seja considerado um procedimento seguro e eficaz, existem alguns riscos e complicações associados a ele. Entre eles, estão a formação de hematomas nos rins, infecções urinárias, lesões nos tecidos circundantes e a necessidade de repetir o procedimento em casos de fragmentação incompleta do cálculo.

Resultados e eficácia do ESWL

A eficácia do ESWL varia de acordo com o tamanho, localização e composição do cálculo renal. Em geral, cerca de 70 a 90% dos pacientes tratados com ESWL conseguem eliminar completamente os cálculos renais em até três meses após o procedimento. A taxa de sucesso pode ser menor em cálculos maiores ou mais resistentes.

Comparação com outras técnicas de tratamento

O ESWL é uma opção de tratamento menos invasiva do que a cirurgia aberta ou a endoscopia para a remoção de cálculos renais. No entanto, em alguns casos, outras técnicas, como a ureteroscopia ou a litotripsia percutânea, podem ser mais eficazes para cálculos maiores ou localizados em regiões de difícil acesso.

Contraindicações para o ESWL

O ESWL não é recomendado para pacientes com cálculos renais maiores que 2 centímetros, cálculos coraliformes, obesidade mórbida, gestantes, pacientes com distúrbios de coagulação sanguínea ou infecções urinárias graves. Nestes casos, outras opções de tratamento podem ser mais adequadas para garantir a eficácia e segurança do procedimento.

Considerações finais sobre o ESWL

O Extracorporeal Shock Wave Lithotripsy é uma técnica segura e eficaz para o tratamento de cálculos renais de até 2 centímetros de diâmetro. Com uma taxa de sucesso elevada e baixo risco de complicações, o ESWL é uma opção atraente para pacientes que desejam evitar procedimentos cirúrgicos invasivos. No entanto, é importante consultar um urologista especializado para avaliar a melhor abordagem terapêutica para cada caso específico.