O que é Fração de Ejeção?
A fração de ejeção é um parâmetro utilizado para avaliar a função do coração, mais especificamente a função do ventrículo esquerdo. Ela representa a porcentagem de sangue que é bombeada para fora do ventrículo esquerdo a cada contração cardíaca. A fração de ejeção é um indicador importante para diagnosticar e monitorar doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca, cardiomiopatia e doença arterial coronariana.
Como é calculada a Fração de Ejeção?
A fração de ejeção é calculada dividindo-se o volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo durante a sístole (fase de contração) pelo volume total de sangue presente no ventrículo esquerdo no final da diástole (fase de relaxamento). O resultado é multiplicado por 100 para obter a porcentagem da fração de ejeção.
Existem diferentes métodos para calcular a fração de ejeção, sendo o mais comum o método de Simpson. Nesse método, é feita uma análise das imagens do coração obtidas por ecocardiografia, que é um exame de ultrassom do coração. As imagens são analisadas por um médico especialista, que mede os volumes do ventrículo esquerdo durante a sístole e a diástole e realiza o cálculo da fração de ejeção.
Qual é o valor normal da Fração de Ejeção?
O valor normal da fração de ejeção varia de acordo com a idade e o sexo do indivíduo. Em geral, considera-se que uma fração de ejeção acima de 55% é normal. Valores abaixo desse limite podem indicar disfunção do ventrículo esquerdo e comprometimento da função cardíaca.
É importante ressaltar que a fração de ejeção não é um valor fixo, podendo variar ao longo do tempo e em diferentes situações. Por isso, é necessário realizar uma avaliação médica completa e comparar os resultados com os valores de referência para cada faixa etária e condição clínica.
Quais são as principais doenças relacionadas à Fração de Ejeção?
A fração de ejeção é um parâmetro utilizado para diagnosticar e monitorar diversas doenças cardíacas. Algumas das principais doenças relacionadas à fração de ejeção são:
Insuficiência Cardíaca
A insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do organismo. Nessa condição, a fração de ejeção geralmente está reduzida, indicando uma função cardíaca comprometida.
Cardiomiopatia
A cardiomiopatia é uma doença que afeta o músculo cardíaco, levando a uma disfunção do coração. Dependendo do tipo de cardiomiopatia, a fração de ejeção pode estar normal, reduzida ou aumentada.
Doença Arterial Coronariana
A doença arterial coronariana é caracterizada pelo estreitamento ou obstrução das artérias coronárias, que são responsáveis por fornecer sangue ao músculo cardíaco. Nessa condição, a fração de ejeção pode estar reduzida devido à diminuição do fluxo sanguíneo para o coração.
Como a Fração de Ejeção é utilizada na prática clínica?
A fração de ejeção é um parâmetro importante para auxiliar no diagnóstico e no acompanhamento de doenças cardíacas. Ela pode ser utilizada para:
Diagnóstico de Insuficiência Cardíaca
A fração de ejeção é um dos critérios utilizados para diagnosticar a insuficiência cardíaca. Valores abaixo de 40% são indicativos de disfunção ventricular significativa e podem confirmar o diagnóstico de insuficiência cardíaca.
Avaliação da Gravidade da Insuficiência Cardíaca
A fração de ejeção também é utilizada para avaliar a gravidade da insuficiência cardíaca. Quanto menor a fração de ejeção, maior é a disfunção ventricular e mais grave é a insuficiência cardíaca.
Monitoramento do Tratamento
A fração de ejeção pode ser utilizada para monitorar a eficácia do tratamento da insuficiência cardíaca. Um aumento na fração de ejeção ao longo do tempo indica uma melhora na função cardíaca, enquanto uma diminuição pode indicar uma piora da condição.
Conclusão
A fração de ejeção é um parâmetro importante para avaliar a função do coração e diagnosticar doenças cardíacas. Ela é calculada dividindo-se o volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo durante a sístole pelo volume total de sangue presente no ventrículo esquerdo no final da diástole. Valores abaixo do normal podem indicar disfunção cardíaca e a necessidade de tratamento adequado. É fundamental realizar uma avaliação médica completa e comparar os resultados com os valores de referência para cada faixa etária e condição clínica.