O que é Radioembolização?
A radioembolização é um procedimento minimamente invasivo utilizado no tratamento de tumores hepáticos, como o câncer de fígado. Também conhecida como terapia de radioembolização seletiva, esse procedimento combina a radioterapia interna com a embolização arterial, visando destruir as células cancerígenas e reduzir o tamanho do tumor.
Como funciona a Radioembolização?
A radioembolização é realizada por meio da inserção de microesferas radioativas diretamente nas artérias que alimentam o tumor hepático. Essas microesferas são carregadas com um material radioativo, geralmente o ítrio-90 ou o lútenio-177, que emite radiação para destruir as células cancerígenas.
Essas microesferas são tão pequenas que conseguem chegar até os vasos sanguíneos mais finos que irrigam o tumor, enquanto poupam os tecidos saudáveis do fígado. Dessa forma, a radioembolização é uma terapia altamente direcionada, que atinge o tumor de forma precisa.
Indicações da Radioembolização
A radioembolização é indicada principalmente para pacientes com câncer de fígado que não são candidatos à cirurgia, devido ao tamanho do tumor, à presença de metástases ou a outras condições médicas que contraindiquem a intervenção cirúrgica.
Além disso, a radioembolização também pode ser utilizada como terapia neoadjuvante, ou seja, antes da cirurgia, com o objetivo de reduzir o tamanho do tumor e tornar a cirurgia mais segura e eficaz.
Benefícios da Radioembolização
A radioembolização apresenta diversos benefícios em relação a outras formas de tratamento para o câncer de fígado. Um dos principais benefícios é a sua capacidade de atingir o tumor de forma direcionada, poupando os tecidos saudáveis do fígado e reduzindo os efeitos colaterais.
Além disso, a radioembolização pode ser realizada de forma ambulatorial, ou seja, o paciente não precisa ser internado para realizar o procedimento. Isso reduz o tempo de internação e permite uma recuperação mais rápida e confortável.
Preparação para a Radioembolização
Antes de realizar a radioembolização, é necessário realizar uma série de exames para avaliar a condição do fígado e do tumor, além de verificar se o paciente é um candidato adequado para o procedimento.
Além disso, é importante informar ao médico sobre quaisquer medicamentos que esteja tomando, incluindo suplementos e remédios de venda livre, pois alguns medicamentos podem interferir no procedimento.
Procedimento da Radioembolização
O procedimento de radioembolização é realizado em um ambiente hospitalar, sob anestesia local. O médico utiliza um cateter para inserir as microesferas radioativas nas artérias hepáticas, que levam o material diretamente para o tumor.
Após a conclusão do procedimento, o paciente é monitorado por algumas horas antes de receber alta. É comum que o paciente sinta algum desconforto abdominal e fadiga nos dias seguintes ao procedimento, mas esses sintomas tendem a desaparecer gradualmente.
Efeitos colaterais da Radioembolização
Como qualquer procedimento médico, a radioembolização pode apresentar alguns efeitos colaterais. Os mais comuns incluem fadiga, desconforto abdominal, náuseas e vômitos.
Em casos mais raros, podem ocorrer complicações como úlceras gástricas, inflamação do fígado, infecções ou lesões nos vasos sanguíneos. É importante que o paciente esteja ciente desses possíveis efeitos colaterais e os discuta com o médico antes de realizar o procedimento.
Recuperação após a Radioembolização
A recuperação após a radioembolização varia de acordo com cada paciente, mas geralmente é mais rápida e confortável em comparação com outros tratamentos para o câncer de fígado.
O paciente pode retornar às suas atividades diárias normais dentro de alguns dias após o procedimento, mas é importante seguir as orientações médicas e evitar atividades físicas intensas por algumas semanas.
Resultados da Radioembolização
Os resultados da radioembolização podem variar de acordo com cada paciente e a extensão do tumor. Em alguns casos, o procedimento pode levar à redução significativa do tumor, melhorando a qualidade de vida do paciente e prolongando a sobrevida.
No entanto, é importante ressaltar que a radioembolização não é uma cura para o câncer de fígado, mas sim uma forma de controlar o crescimento do tumor e aliviar os sintomas associados.
Conclusão
A radioembolização é um procedimento eficaz e seguro no tratamento do câncer de fígado. Com seus benefícios direcionados e mínimos efeitos colaterais, essa terapia oferece uma opção promissora para pacientes que não são candidatos à cirurgia ou que desejam reduzir o tamanho do tumor antes da intervenção cirúrgica.
É importante que o paciente discuta com seu médico todas as opções de tratamento disponíveis e avalie qual é a melhor opção para o seu caso específico.