Introdução

Os parassimpaticolíticos são medicamentos que atuam inibindo a ação do sistema nervoso parassimpático, responsável por controlar funções como a digestão, a frequência cardíaca e a contração dos músculos. O T44.3 é uma classe de parassimpaticolíticos que inclui os anticolinérgicos e antimuscarínicos, além dos espasmolíticos não classificados em outra parte. Neste glossário, iremos explorar mais a fundo o que são esses medicamentos, como funcionam e para que são indicados.

O que são os parassimpaticolíticos?

Os parassimpaticolíticos são substâncias que bloqueiam a ação do sistema nervoso parassimpático, que é responsável por controlar funções involuntárias do corpo, como a contração dos músculos lisos, a produção de saliva e a regulação da pressão arterial. Os anticolinérgicos e antimuscarínicos são exemplos de parassimpaticolíticos que atuam inibindo a ação da acetilcolina, um neurotransmissor responsável por transmitir sinais no sistema nervoso parassimpático.

Como funcionam os parassimpaticolíticos?

Os parassimpaticolíticos atuam bloqueando os receptores de acetilcolina no sistema nervoso parassimpático, impedindo que este neurotransmissor exerça sua ação sobre os órgãos e tecidos do corpo. Isso resulta em uma diminuição da atividade parassimpática, levando a efeitos como a dilatação das vias aéreas, a redução da produção de saliva e a diminuição da motilidade gastrointestinal. Os espasmolíticos, por sua vez, atuam relaxando os músculos lisos, aliviando espasmos e cólicas.

Indicações de uso

Os parassimpaticolíticos são indicados para o tratamento de diversas condições, como a asma, a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), a doença de Parkinson, a incontinência urinária e a enurese noturna. Eles também podem ser utilizados como pré-medicação em procedimentos cirúrgicos, para reduzir a produção de saliva e prevenir broncoespasmos. Os espasmolíticos são indicados para o alívio de espasmos musculares, cólicas intestinais e dores abdominais.

Efeitos colaterais

Os parassimpaticolíticos podem causar diversos efeitos colaterais, como boca seca, visão turva, constipação, retenção urinária, taquicardia e confusão mental. O uso prolongado desses medicamentos pode aumentar o risco de demência em idosos e de glaucoma de ângulo fechado. Os espasmolíticos, por sua vez, podem causar sonolência, tontura, fraqueza muscular e distúrbios gastrointestinais. É importante seguir as recomendações do médico e informar sobre qualquer efeito colateral que possa surgir durante o tratamento.

Contraindicações

Os parassimpaticolíticos são contraindicados em pacientes com glaucoma de ângulo fechado, obstrução urinária, miastenia gravis, doença cardíaca grave e hipertireoidismo. Eles também não devem ser utilizados durante a gravidez e a amamentação, a menos que sob orientação médica. Os espasmolíticos são contraindicados em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula e em casos de obstrução intestinal.

Interações medicamentosas

Os parassimpaticolíticos podem interagir com outros medicamentos, como antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos, anti-histamínicos, benzodiazepínicos e opioides, potencializando seus efeitos colaterais. É importante informar ao médico sobre todos os medicamentos em uso antes de iniciar o tratamento com parassimpaticolíticos. Os espasmolíticos podem interagir com relaxantes musculares, analgésicos e antidepressivos, aumentando o risco de efeitos adversos.

Posologia e modo de administração

A posologia e o modo de administração dos parassimpaticolíticos variam de acordo com o medicamento e a condição a ser tratada. Eles podem ser administrados por via oral, intravenosa, intramuscular ou tópica, conforme a indicação médica. Os espasmolíticos geralmente são administrados por via oral, com ou sem alimentos, de acordo com a orientação do médico. É importante seguir corretamente as instruções de uso e não interromper o tratamento sem orientação médica.

Considerações finais

Os parassimpaticolíticos, incluindo os anticolinérgicos, antimuscarínicos e espasmolíticos, são medicamentos importantes no tratamento de diversas condições, mas seu uso deve ser feito com cautela e sob orientação médica. É fundamental seguir as recomendações do profissional de saúde, informar sobre qualquer efeito colateral e evitar a automedicação. Em caso de dúvidas, consulte sempre um médico ou farmacêutico antes de iniciar o uso de qualquer medicamento parassimpaticolítico.