Oito pessoas morrem por dia por câncer de pele
Os últimos dados do INCA mostram que 3.316 pessoas morreram em 2013 em decorrência do câncer de pele, um aumento de 55% em 10 anos.
O sol emite luz, calor e radiações UVA, UVB e UVC. Pequenas quantidades de radiação UV são benéficas para as pessoas e essencial para a produção de Vitamina D. A radiação UV também é utilizada para tratar várias doenças, incluindo raquitismo, psoríase e eczema.
Já a exposição prolongada à radiação UV pode resultar em efeitos agudos e crônicos na saúde da pele de qualquer cor. Os últimos dados do INCA – Instituto Nacional de Câncer – mostram que 3.316 pessoas morreram em 2013 em decorrência do câncer de pele, um aumento de 55% em 10 anos.
Apesar dos cuidados para a prevenção da doença serem os mesmos em toda parte, a intensidade da radiação solar varia substancialmente de acordo com a época do ano, o local de incidência do sol, as variações na espessura da camada de ozônio, da nebulosidade, das partículas presentes na atmosfera e até mesmo da hora do dia. Em altitudes mais elevadas, a exposição à radiação UV é maior. A cada 1.000 metros de altitude, os níveis de radiação UV aumentam de 10% a 12%.
DANOS À PELE
Quanto maior a quantidade de melanina na pele, mais escura é a sua cor. A radiação UV pode estimular a produção de melanina e é isso o que deixa a pele “bronzeada”. Queimaduras solares e bronzeamento da pele são os efeitos agudos mais conhecidos da exposição excessiva à radiação. As queimaduras solares, chamadas de eritema, provocam vermelhidão na pele, o famoso efeito “camarão”.
A longo prazo, a radiação pode induzir a formação de radicais livres, que causam alterações degenerativas nas células, nos tecidos fibrosos e nos vasos sanguíneos, levando ao envelhecimento precoce da pele e à perda de sua elasticidade. A radiação solar também pode ocasionar a mutação do DNA, que por sua vez dá surgimento ao câncer de pele.
O câncer de pele é o efeito crônico que mais impacta a saúde. E o comportamento das pessoas é considerado como sendo a maior causa para o crescimento do número de casos de câncer de pele em todo o mundo.
Exposição repetitiva e por longo tempo à radiação UV é a principal causa do câncer de pele não-melanoma, que é mais comum em áreas expostas do corpo, como orelhas, rosto, pescoço e braços.
Já o histórico de queimaduras solares e a exposição à radiação UV aumentam o risco de incidência do câncer de pele melanoma, aquele que representa menos de 5% de todos os casos de câncer de pele; mas corresponde por 46% das mortes e pode causar metástase, ou seja, levar o câncer para outras partes do corpo.
Ambos tipos de câncer de pele podem exigir tratamento por vezes cirúrgico, e na grande maioria dos casos, cirurgia plástica reparadora para minimizar os danos causados na região.
“Quando o câncer de pele se forma, ele ocupa o lugar daquilo que estava ali: pele, gordura, cartilagem… Quando ele é removido, retiramos o tumor e uma certa área ao seu redor. Através da cirurgia plástica reconstrutiva, procuramos não só retirar o tumor e essa área de segurança ao redor do câncer de pele, como também restaurar a região e manter a sua função”, explica o cirurgião plástico Dr. Marcelo Olivan, membro da equipe de cirurgia plástica do ICESP – Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
PREVENÇÃO
Todas as pessoas estão expostas à radiação UV emitida pelo sol e por outras fontes artificiais.
Para evitar não só o surgimento do câncer de pele como a necessidade de cirurgia plástica reparadora, minimizando as sequelas provocadas pela doença, é importante entender os indicativos referentes ao índice UV e adotar as medidas de proteção contra a radiação emitida pelo sol.
É possível se proteger adotando as seguintes medidas durante o ano inteiro e não apenas no verão. A maior parte do Brasil está em uma área onde o Índice UV pode atingir o extremo qualquer época do ano.
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